Blog do IFZ | 15/07/2024
Segundo dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado nesta segunda-feira (15), a economia brasileira cresceu 0,25% em maio. O IBC-Br é um dos principais sinalizadores do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Com isso, o índice observado em maio ficou em 148,86 pontos. Dessazonalizado, o índice sobe para 149,60 pontos. Em abril, o índice dessazonalizado estava em 149,23.
Na comparação com maio de 2023, quando o índice observado estava em 146,95 pontos (dessazonalizado em 145,93 pontos), a alta chega a 1,3%. No acumulado do ano (janeiro a maio), a alta é de 2,01%; e no dos últimos 12 meses chega a 1,66%.
Além de indicar a expansão da economia, o IBC-Br é também uma das referências adotadas pelo BC para a definição da taxa básica de juros (Selic), que está atualmente em 10,5% ao ano.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou crescimento de 0,25% em maio, na comparação dessazonalizada com abril, segundo dados divulgados pela autoridade monetária nesta segunda-feira (15). Em abril, o indicador apresentou uma elevação revisada de 0,26%, corrigida de uma alta inicial de 0,01%.
Com o crescimento registrado em maio, o resultado veio dentro do intervalo das projeções do mercado, que variavam de uma queda de 0,60% a um crescimento de 0,90%. Em um período de 12 meses, o IBC-Br acumulou um avanço de 1,66%, sendo mais estável devido às revisões constantes, em comparação com a variação mensal. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o indicador subiu 1,30%, enquanto no acumulado de 2024 até maio, o crescimento foi de 2,01%.
A média móvel trimestral, que é usada para captar tendências de longo prazo, mostrou um incremento de 0,08% em relação aos três meses encerrados em abril. A metodologia do IBC-Br difere das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), proporcionando uma análise mais frequente da evolução da atividade econômica, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB), de frequência trimestral, oferece uma visão mais abrangente da economia.
Indicador serve como “prévia” do PIB
O IBC-Br é frequentemente considerado uma prévia do PIB, medindo a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e, assim, refletindo a evolução da economia. A comparação entre maio de 2024 e maio de 2023 mostra um aumento de 1,3%, segundo o Banco Central.
Nos cinco primeiros meses de 2024, o índice acumulou um crescimento de 2,01% em relação ao mesmo período de 2023. Em um horizonte de 12 meses até maio, a alta foi de 1,66%.
Diferenças metodológicas entre PIB e IBC-Br
Enquanto o PIB mede o desempenho geral da economia, indicando se a economia está crescendo ou encolhendo, o IBC-Br foi criado para antecipar os resultados do PIB. No entanto, os resultados nem sempre coincidem com os dados oficiais divulgados pelo IBGE.
O cálculo do PIB pelo IBGE e do IBC-Br pelo Banco Central difere em alguns aspectos: o IBC-Br incorpora estimativas para a agropecuária, indústria e setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda, que é incorporado no cálculo do PIB do IBGE.
Impacto na política monetária
O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros do país. Um menor crescimento econômico teoricamente reduziria a pressão inflacionária, influenciando as decisões sobre a taxa de juros, que atualmente está em 10,50% ao ano, após sete cortes consecutivos.
O desempenho do IBC-Br em maio, com um crescimento de 0,25%, reflete um cenário de modesta recuperação econômica, enquanto o Banco Central continua monitorando a atividade econômica para ajustar sua política monetária conforme necessário.
Exportações brasileiras para os EUA atingem recorde no primeiro semestre de 2024
No primeiro semestre de 2024, os Estados Unidos emergiram como o principal destino das exportações brasileiras, impulsionando um crescimento significativo nas trocas comerciais bilaterais. Conforme o Monitor do Comércio Brasil-EUA da Amcham Brasil, divulgado nesta segunda-feira (15), o Brasil exportou um valor recorde de US$ 19,2 bilhões para os EUA, um aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Esse crescimento foi observado em todos os setores, incluindo indústria de transformação, extrativa e agropecuária. Em contraste, as exportações brasileiras para outros mercados globais aumentaram apenas 1,4% no mesmo período. As vendas para os EUA, especialmente de bens industriais, representaram 29,1% do total do aumento das exportações brasileiras.
O comércio bilateral entre Brasil e EUA totalizou US$ 38,7 bilhões no semestre, marcando um aumento de 5,1% em relação ao ano anterior. O déficit comercial do Brasil foi o menor dos últimos 10 anos, demonstrando um avanço significativo na balança comercial entre os dois países.
Entre os principais produtos exportados pelo Brasil para os EUA estão combustíveis de petróleo, petróleo bruto, café, celulose e aeronaves, todos registrando aumentos expressivos. As importações brasileiras dos EUA também cresceram em diversos setores, apesar de uma leve queda no valor total importado.
Fontes: Agência Brasil e Amcham Brasil