Por Valter Bianchini FAO/SEAB/IDR | Agosto 2023
O PRONAF continua sendo a principal política da Agricultura Familiar. Nestes 28 anos de
Plano Safra, realizou mudanças profunda na nossa agricultura familiar, contribuindo para a produção de alimentos e para minimizar os problemas da fome.
Nos últimos anos apesar do incremento de recursos, mais de R$50 bilhões no último ano, o PRONAF vem deixando de atender a agricultura familiar em toda a sua diversidade, com redução no número de contratos, aumento do valor médio dos contratos, concentração do crédito entre regiões, entre municípios e entre os agricultores. Centrado nas principais comodities de milho, soja e pecuária e na agricultura convencional incrementando o alto uso de insumos e a mecanização intensiva.
A relação com os Bancos muito burocrática e de forma seletiva, torna o crédito caro restringindo cada vez mais o acesso aos agricultores familiares menos capitalizados e com sistemas de produção alternativos de baixo uso de insumos externos as unidades de produção.
Apresentamos um conjunto de entraves que o novo Plano Safra vai enfrentar para atingir seus objetivos neste Plano Safra 2023/2024 e de alternativas para um Pronaf mais inclusivo, melhor distribuído nas regiões, em toda diversidade da agricultura familiar e nos seus diferentes sistemas de produção.
O PRONAF nasceu de lutas dos movimentos sociais e de uma construção tripartite entre os movimentos sociais, técnicos e pesquisadores comprometidos e um governo progressista. Neste novo Plano Safra, esperamos que estas três forças estejam novamente alinhadas para um Brasil e um mundo menos desigual e sem fome como o previsto nos Objetivos do Milênio.
Baixe aqui (download) o estudo completo “Análise do resultados do Pronaf no Plano Safra 2022/2023 e das medidas do novo Plano Safra 2023/2024“