ACERVO JOSÉ GOMES DA SILVA
Acervo em construção
Parte da obra obra produzida por José Gomes da Silva na luta pela reforma agrária e contra a fome
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Conteúdo do Acervo José Gomes da SIlva
Documentos históricos sobre a militância de José Gomes da Silva
Discurso de posse de José Gomes da Silva na Presidência do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)
“Eis porque a Reforma Agrária deve ser, sim, um mutirão da terra, que engaje o Parlamento, para dar-nos respaldo legal; que motive o Executivo para propiciar-nos recursos; e mobilize o Judiciário fazendo cumprir a lei. A sociedade como um todo deve entendê-la e apoiá-la“. José Gomes da Silva
Brasília, DF | 11/04/1985
Relatório do Serviço Nacional de Informações (SNI) sobre palestra do Dr. José Gomes da Silva, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no dia 10/03/1988.
Arquivo Nacional Digital
Seção do Ministério da Justiça
Brasília | 02/06/1989
Política Agrícola | Proridade para os pequenos agricultores
Plano Nacional de Reforma Agrária | Um projeto popular para os agricultores sem terra e minifundistas
Política Nacional de Segurança Alimentar
Entre abril e outubro de 1991, o Governo Paralelo apresentou, no Congresso Nacional e na Câmara Municipal de São Paulo, suas propostas para a estruturação do Setor Agrícola brasileiro orientadas no sentido de expressar a vontade das maiorias.
Os três documentos são aqui reunidos em um único volume, de modo a facilitar sua utilização por todos os que se interessam pelo tema.
Na introdução de cada texto listamos os diversos especialistas que contribuíram forma na sua elaboração. Nenhum deles, porém, tem qualquer responsabilidade eventuais falhas, equívocos ou omissões presentes neste documento. Por elas, responsabilizam-se apenas os dois autores.
Luiz Inácio Lula da Silva e José Gomes da Silva
Esta cartilha marca uma nova etapa nas atividades do Governo Paralelo. Rompendo o cerco imposto pela grande imprensa aos projetos alternativos de governo que gradualmente apresentamos à sociedade brasileira, passamos a divulgá-los em linguagem popular, para que os milhares de cidadãos tomem consciência de seus conteúdos.
Quando foi lançado em Brasília, em abril de 1991, o PLANO NACIONAL DE REFORMA AGRÁRIA, que esta cartilha resume, representava ao mesmo tempo uma vitória e um desafio. A vitória era o fato de reunirmos o apoio das organizações mais representativas dos trabalhadores rurais, do movimento sindical urbano e de todas as entidades que, de uma forma ou outra, atuam nesse campo: CUT, CONTAG, Pastoral da Terra, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, associações de técnicos agrícolas, etc.Leia MAIS
O desafio era saber que o Plano jamais se tornaria realidade sem uma ampla mobilização nacional, espalhada por todas as áreas rurais e urbanas do país. E para falar com clareza: a Reforma Agrária só se tornará realidade quando as forças democráticas e populares do Brasil conquistarem um outro tipo de governo, radicalmente oposto ao que representa o esquema conservador e elitista do atual presidente da República.
A coleção inaugurada por esta cartilha é parte de nossa contribuição para estimular essa mobilização. Não deve existir nenhum tipo de dúvida quanto à precisão e viabilidade técnica das metas propostas neste PLANO NACIONAL DE REFORMA AGRÁRIA, que foi elaborado sob a coordenação do companheiro José Gomes da Silva. É preciso transformá-lo num projeto de iniciativa popular que recolha milhões de assinaturas, fazendo com que a luta passe desde já pelo Congresso Nacional.
Precisamos transformar a Reforma Agrária numa bandeira de luta sustentada por todos os setores vivos de nossa sociedade. Além dos trabalhadores rurais, sairão ganhando com a Reforma Agrária os trabalhadores da cidade, os estudantes, as donas de casa, os empresários honestos. Enfim, todos os brasileiros que estejam realmente interessados na construção de uma sociedade democrática e justa.
Luiz Inácio Lula da Silva
A alimentação é um direito elementar de todo ser humano, confundindo-se com o próprio direito à vida. Garantir esse direito é uma responsabilidade pública que precisa ser assumida pela coletividade e pelas instituições representativas, em especial pelos governos.
A amplitude da miséria em países periféricos como o Brasil torna mais urgente o enfrentamento da questão. A grande maioria dos trabalhadores enfrenta dificuldades crescentes na compra da alimentação básica, sendo excluída do acesso a produtos de preço elevado. A desnutrição e a fome atingem extensas camadas da população, desenhando um quadro social dramático.
Respondendo a esta urgência, o Governo Paralelo apresenta à sociedade brasileira sua Política Nacional de Segurança Alimentar.
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Esta proposta se baseia em uma visão abrangente da problemática alimentar e busca superar as práticas clientelistas que têm caracterizado a maioria das ações governamentais nesta e em outras questões de natureza social. Sob o enfoque deste documento, a questão alimentar e nutricional deixará de estar à margem e sob controle nominal da área da Saúde, tornando-se alvo de uma política global de governo.
É preciso considerar, também, a estreita articulação existente entre esta Política Nacional de Segurança Alimentar e outras políticas alternativas de governo já apresentadas à sociedade brasileira, abordando aspectos fundamentais para a consecução dos objetivos da Segurança Alimentar, especialmente a Política de Emprego e Salários, a Política Agrícola e o Plano Nacional de Reforma Agrária. As ideias e propostas de todos esses documentos compatibilizam-se num projeto global destinado a superar o atual contexto de exploração e injustiça social, passando a priorizar os interesses da maioria de nossa população.
Governo Paralelo, outubro/91
Estamos lançando esta cartilha ao iniciar uma viagem de três mil quilômetros pelo Brasil. Passaremos por algumas das áreas onde o problema da fome atinge limites muito graves. Vamos repetir o caminho que tantos milhões de brasileiros já percorreram, deixando suas casas, suas terras e parte de suas famílias, em busca de trabalho e de uma vida melhor no sul.
Queremos, nessa viagem, levar uma palavra de esperança. Mostrar que o Brasil tem jeito. Que é possível mudar essas coisas. Que é possível acabar com a fome em um país tão rico como o nosso.
A cartilha foi feita para mostrar um caminho possível. Apresentar propostas concretas e plenamente realizáveis.
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Ela tenta resumir, numa linguagem que o povo possa entender, a POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR, elaborada sob a coordenação de José Gomes da Silva, durante as atividades do Governo Paralelo que fundamos em 1990 para fiscalizar Collor de Mello.
O “impeachment” mostrou para toda a sociedade o verdadeiro caráter daquele governo. Agora, não há mais necessidade de um Governo Paralelo para vigiar. Mas a luta permanece. Porque a fome permanece e as injustiças permanecem.
Tudo o que o atual governo fizer de sério contra a fome merecerá nosso apoio. No que for vacilante ou conservador, será cobrado.
Mas a cartilha mostra que a luta contra a fome não depende apenas do governo federal. Depende também dos estados e municípios. Depende principalmente das forças vivas da sociedade. Porque só venceremos essa guerra se unirmos sindicatos, igrejas, universidades, associações de moradores, parlamentares, imprensa, Forças Armadas e empresários sérios no mesmo lado da batalha.
Os que se unirem nessa luta contra a fome poderão continuar separados em suas ideias políticas, como é natural numa democracia. Mas nenhuma rivalidade partidária e nenhum interesse eleitoral podem ser colocados na frente dessa luta maior.
Porque o combate à fome é o desafio número 1 a ser assumido por todos os brasileiros, sem mais demora.
Garanhuns, Pernambuco, 24 de abril de 1993
Luiz Inácio Lula da Silva
Edição especial da Revista Reforma Agrária, publicada pela Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA), dedicada a José Gomes da Silva
Revista da ABRA Ano 26 nº 1 a 3 | 1996
Homenagem do senador Eduardo Suplicy no Senado Federal, no dia do falecimento de José Gomes da Silva.
Senado da República, Brasília/DF | 14/02/1996
Ao longo de uma vida dedicada à democratização do acesso à terra, José Gomes da Silva elaborou o Estatuto da Terra, o primeiro PNRA e criou o órgão antecessor do Itesp em São Paulo.
Revista Fatos da Terra, publicada pela Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo “José Gomes da Silva” (ITESP) | Ano V, Número 18, Agosto-Setembro 2006
Publicações de José Gomes da Silva
Publicações em revistas
Observações sobre a resistência de algumas variedades de soja ao nematoide das galhas
José Gomes da Silva
Luis Gonzaga Lordello
Shiro Miyasaka
Bragantia | Campinas
vol. 13, nº 1-3, p. 59-63
Janeiro/Março de 1952
Melhoramento da soja por hibridação
José Gomes da Silva
Shiro Miyasaka
Bragantia | Campinas
vol. 17, nº 16, p. 213-224
dezembro de 1958
Reforma agrária brasileira no limiar do Ano 2000.
Revista da Associação dos Docentes da USP (ADUSP)
Pg 6-14
São Paulo | Janeiro de 1986
Revista da Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA)
Volume 22 / nº 2 | Maio/Agosto de 1992
Cursos
Curso Internacional de Reforma Agrária, promovido pelo Centro Interamericano de Reforma Agrária (CIRA Brasil), um dos primeiros cursos sobre reforma agrária no Brasil. Realizado em Campinas/SP (20/05 a 21/06/1963), Porto Alegre/RS (22/06 a 12/07/1963) e estudos de campo (13/07 a 20/07/1963)
Organização:
Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas (IICA) da Organização dos Estados Americanos (OEA) – Direção Regional Sul
Projeto 206 do Programa de Cooperação Técnica da OEA
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
SUPRA – Superintendência de Política Agrária do governo brasileiro
Secretaria da Agricultura do Estado SP e Secretaria da Agricultura do Estado RS
Centro Interamericano de Reforma Agrária (CIRA)
Campinas e Porto Alegre | 20/05 a 20/07 de 1963
III Curso Anual Interdisciplinar sobre Reforma Agrária, promovido pelo Centro Interamericano de Reforma Agrária (CIRA)
Projeto 206 do Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas da Organização dos Estados Americanos (IICA-OEA) realizado em Bogotá, de 21 a 23 de setembro de 1966.
Centro Interamericano de Reforma Agrária (CIRA)
Bogotá | 21 a 23 de setembro de 1966
Documento em Espanhol
Link permanente https://repositorio.iica.int/handle/11324/17509
Palestra do Dr. José Gomes da Silva, na V reunião da SOBER, realizada no Rio de Janeiro, de 21 a 24 de fevereiro de 1967.
Páginas 292 a 318 | Palestra do Dr. José Gomes
Páginas 319 a 331 | Intervenção de sete debatedores
Páginas 332 a 336 | Repostas do Dr. José Gomes
Revista de Economia Rural
Anais da V Reunião da Sociedade Brasileira de Economistas Rurais – SOBER
Rio de Janeiro | 1968
Artigos em jornais
Uma visão otimista da laranja | Folha de S.Paulo | 03/05/1994
Adensamento renova cafeicultura | Folha de S.Paulo | 24/05/1994
Trinta anos do Estatuto da Terra | Folha de S.Paulo | 30/11/1994
Agricultura no século 21 | Folha de S.Paulo | 06/12/1994
Laranja doce | Folha de S.Paulo | 14/03/1995
E a agricultura? | Folha de S.Paulo | 11/04/1995
Uma nova reforma agrária | Folha de S.Paulo | 16/06/1995
Agricultura no vermelho | Folha de S.Paulo | 25/07/1995
Os sem-terra também produzem | Folha de S.Paulo | 27/07/1995
De Rondônia e outros conflitos | Folha de S.Paulo | 05/10/1995
O capital ataca novamente | Folha de S.Paulo | 17/10/1995
Reforma agrária no estado de São Paulo? | Folha de S.Paulo | 25/11/1995
Entrevistas
José Gomes da Silva no Jornal da Record
José Gomes da Silva é entrevistado pelo jornalista Chico Pinheiro no Jornal da Record.
Entrevista gravada em setembro de 1995
José Gomes da Silva no programa Opinião Nacional
José Gomes da Silva é entrevistado pelos jornalistas Heródoto Barbeiro e Celso Ming no programa Opinião Nacional, da TV Cultura de SP.
Entrevista gravada em setembro de 1995
O engenheiro agrônomo, que foi conhecido como “Zé Sojinha”, é um dos principais defensores da reforma agrária no Brasil. O coordenador do Plano de Segurança Alimentar do Governo Paralelo, ex secretário de Agricultura e ex- presidente do Incra conta sua trajetória para Renato Simões
Revista Teoria&Debate
Número 21 | 2º trimestre de 1993
A entrevista também pode ser lida no sitio da revista Teoria&Debate
https://teoriaedebate.org.br/1993/05/01/jose-gomes-da-silva/
Entrevista concedida a Regina Bruno e Abdias Vilar de Carvalho, em Setembro de 1994
Revista Estudos Sociedade e Agricultura | volume 4 | nº 1 | págs 36-48 | publicada na edição de 28/junho/1996
Publicação do Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – CPDA/UFRRJ
Outras Publicações e Citações
Com a crise de cultura e abastecimento de óleo de algodão e amendoim, o governador de SP, Jânio Quadros, o chamou para conversar e aceitou as suas propostas de investir na produção e no incremento de pesquisas em lavouras paulistas de soja e a de criar o Serviço de Expansão da Soja, órgão criado em julho/1955, do qual foi nomeado chefe e presidente do Conselho Administrativo (Imagem do Diário Oficial SP Decreto 24.803 de 22/julho/1955 / https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1955/decreto-24803-22.07.1955.html) e que, por incluir pesquisa, industrialização e fomento, teve o apoio da indústria (num esquema triangular de cooperação técnica entre agricultores, pesquisadores e industriais). Essa iniciativa funcionou tão bem que tornou a soja economicamente importante não apenas para o Estado de SP, mas também para o restante do país.
Revista dos 30 anos da EMBRAPA SOJA | Abril de 2005
Foi estudar na Universidade de Illinois, a região dos Estados Unidos maior produtora de soja do mundo, onde obteve o título de “Master of Science”, em 1950.
Em 1951, liderou no IAC a Campanha da Cultura da Soja, que contou com o apoio de empresas privadas, além do Instituto Brasileiro do Café, que buscou incentivar o cultivo da soja de forma intercalada aos cafezais.
Ciência da Terra: o Instituto Agronômico e a pesquisa em benefício da qualidade de vida
(orgs.) Orlando Melo de Castro e Antonio Carlos Moreira
Campinas | 2008
As primeiras eleições ao governo do Estado, em 1982, geraram muita esperança dos governadores eleitos pela oposição em retomar, em alguma medida, a questão da democratização da propriedade da terra e a expectativa era que São Paulo pudesse dar o exemplo. Assim foi convidado pelo governador Franco Montoro – SP, com o qual já havia colaborado junto ao Senado Federal sobre a pequena produção de trigo no Rio Grande do Sul, para manter os moinhos coloniais; também na elaboração do programa de agricultura do seu partido à época, o PMDB. Coordenou a área de agricultura do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento, criado por Franco Montoro enquanto Senador da República, o que deu suporte à criação de seu futuro secretariado como governador do Estado de SP.
No governo Franco Montoro (1982 – 1985), ainda no final do regime militar, foi convidado para assumir a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, responsabilidade que aceitou sob a condição de que lhe fosse dada a liberdade, o apoio político e pessoal do governador para encaminhar soluções para o problema agrário e o desenvolvimento rural no Estado. Em 1983 estruturou o Instituto de Assuntos Fundiários.
A Questão Agrária e Desigualdes no Brasil
Revista da ABRA, Ano 35, Vol. 01, Nº 02 | Outubro de 2014
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