Instituto Fome Zero repudia o uso da fome como arma de guerra e apela para que os governos se empenhem em pôr fim à barbárie em Gaza

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Assistimos a uma violência sem precedentes em Gaza. As ações de guerra implementadas pelo governo de Israel já provocaram a morte de mais de 55 mil palestinos — a maioria mulheres e crianças —, segundo dados da Organização das Nações Unidas.

A escalada dos ataques, desde outubro de 2023, evidencia uma sucessão de violações de direitos humanos e resulta em um cenário de absoluta desesperança para os sobreviventes da região, que enfrentam a fome, a desterritorialização, as doenças e toda sorte de sofrimentos impostos pelos bombardeios. Mais de 2 milhões de pessoas foram forçadas a abandonar suas casas e seguem, em meio ao terror, em busca de qualquer lugar onde ainda seja possível encontrar refúgio.

Em meio à barbárie, hospitais e missões de ajuda humanitária também têm sido alvos da fúria bélica do governo de Israel. Nesta semana, civis foram alvejados enquanto tentavam acessar a distribuição de alimentos e mantimentos — mais um episódio que evidencia o descontrole e a brutalidade das ações impostas à população palestina.

O governo brasileiro, embora tenha reconhecido publicamente o genocídio em curso, não adotou medidas compatíveis com sua relevância no cenário internacional — seja no plano diplomático, junto aos países que integram o Conselho de Segurança das Nações Unidas, seja nas relações comerciais com o governo de Israel. Exigir assistência imediata aos civis é uma medida emergencial e inadiável. Diante da assimetria radical entre uma população civil indefesa e o aparato militar de um Estado, é imperativo que o Brasil manifeste com clareza sua posição contrária ao massacre e em defesa da vida. As consequências da neutralidade internacional observada até aqui são imprevisíveis, não apenas para os povos diretamente atingidos, mas para toda a humanidade.

O Instituto Fome Zero repudia o genocídio em curso e o uso da fome como arma de guerra, e apela para que os governos de todo o mundo se empenhem na construção de uma saída efetiva para a barbárie imposta em Gaza, em defesa do povo palestino e da dignidade da vida humana.

Instituto Fome Zero

30/06/2025