O governo Trump foi o único voto contrário à Resolução 79/227 — proposta alinhada à Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que estende a Década de Ação sobre Nutrição até 2030 — recém aprovada pela sua Assembleia Geral. Até então o combate a fome parecia ser uma das poucas unanimidades que prevalecia nessa organização cada vez mais dividida por diferentes interesses.
O combate à fome, como toda questão humanitária, deve ser prioridade global e carrega em si um caráter de urgência: sobre a fome não se negocia porque ela mata, aniquila esperanças, condena gerações inteiras à miséria e subdesenvolvimento. Por isso, o Instituto Fome Zero recebe com indignação e repulsa repudia essa decisão inaceitável da administração Trump que mais uma vez, bloqueia uma iniciativa humanitária. Isso é muito sério.
A fome crônica é diferente da fome aguda e exige resposta imediata. É muito preocupante que isso aconteça com a maior potência econômica do mundo mude seu posicionamento agora e esperemos que haja uma revisão desse tipo de política atitude no que tange às políticas humanitárias. Mais do que um gesto de indiferença, essa decisão é um ato deliberado de sabotagem contra o compromisso global para erradicar a fome até 2030 e promover uma sociedade mais justa e sustentável.
A decisão do governo Trump não é apenas um erro estratégico; é um crime contra uma parte da humanidade que não tem o que comer para ter uma vida saudável num mundo de abundância. Reiteradamente, a administração de Trump têm prezado pelo isolamento, pelo desprezo às responsabilidades globais, pela negação do óbvio: um mundo que permite a fome não é apenas injusto — é insustentável. Esperamos que haja uma revisão dessa política insensível e irresponsável no que tange às ações humanitárias.
Instituto Fome Zero
27 de março de 2025