O FMI alerta para o avanço lento na luta contra a crise climática, ressaltando a importância da transição energética global: “os investimentos atuais só reduzem as emissões de carbono em 11%”. Urgência é enfatizada para ação coordenada e mudança de postura dos governos, visando evitar consequências graves para o futuro próximo do planeta.
Blog do IFZ | 28/02/2024
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, expressou preocupação durante sua participação em um evento promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em São Paulo, nesta quarta-feira (28). Georgieva ressaltou que o mundo tem avançado lentamente nas ações de combate à crise climática, alertando para os riscos que a inação pode trazer para a economia global.
Segundo Georgieva, os recursos estão sendo desperdiçados em atividades que contribuem para agravar a crise climática, o que pode impactar negativamente o desempenho das economias mundiais. A diretora do FMI destacou a importância de os governos direcionarem seus esforços para a transição energética, enfatizando que a mudança de postura é fundamental para evitar consequências graves no futuro.
Para Georgieva, é crucial criar instrumentos financeiros adequados para financiar a transição climática, uma vez que os recursos disponíveis atualmente não são suficientes. Os investimentos realizados pelos países permitem apenas uma redução de 11% nas emissões de carbono, quando o ideal seria alcançar entre 25% e 50%. A diretora alertou para os riscos de uma abordagem inadequada, que poderia impactar negativamente as populações mais vulneráveis e resultar em protestos.
Ao final de sua intervenção, Georgieva citou uma frase do saudoso ex-jogador Pelé, falecido em 2022, para transmitir uma mensagem de otimismo. Ela recordou que Pelé costumava dizer que a felicidade em vencer é maior quando a vitória é conquistada com dificuldade, ressaltando a importância de persistir na busca por recursos para enfrentar a crise climática.
O discurso de Georgieva reforça a urgência de uma ação coordenada e eficaz para lidar com as questões climáticas, destacando a necessidade de um compromisso sério por parte dos governos e da sociedade em geral. A diretora do FMI deixou claro que o tempo para agir é agora, e que as consequências de uma inação prolongada podem ser devastadoras para o planeta e para as gerações futuras.
Com informações da EBC Internacional