Governo aposta em medidas estratégicas e safra recorde para reduzir preços dos alimentos

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Blog do IFZ | 24/01/2025

Com a alta dos preços dos alimentos pressionando os orçamentos das famílias brasileiras, o governo federal tem priorizado estratégias para reverter este cenário em 2025. O anúncio, feito nesta sexta-feira (24), destaca duas frentes principais: a redução da tarifa de importação para determinados alimentos e o impacto esperado de uma safra agrícola recorde neste ano.

Redução de tarifas de importação como alívio imediato

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o governo avalia a redução do Imposto de Importação como medida emergencial para baixar o preço dos alimentos no mercado interno. A proposta busca alinhar os preços brasileiros aos valores internacionais, favorecendo o consumidor.

“O preço se forma no mercado. Se a importação for mais barata, o mercado interno ajusta os preços automaticamente. É uma ação pontual para aliviar o impacto no bolso do brasileiro”, explicou Costa, após reunião no Palácio do Planalto.

O governo destaca que a medida será usada com cautela. “Somos exportadores de alimentos e precisamos garantir preços internos compatíveis. Queremos medidas que estimulem a concorrência e beneficiem o consumidor”, afirmou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Ele relembrou o caso do arroz, quando enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional, levaram o governo a zerar a tarifa de importação para garantir o abastecimento.

Foco no estímulo à produção local

Apesar da eficácia imediata da redução de tarifas, o governo aposta no fortalecimento da produção agrícola local como solução sustentável. Uma safra recorde em 2024 é a principal expectativa. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de grãos pode crescer cerca de 8,2%, um marco histórico favorecido por condições climáticas positivas e políticas públicas eficazes.

“A safra recorde é fundamental. Com boas condições e investimentos, a redução nos preços beneficiará o consumidor e fortalecerá o mercado agrícola brasileiro”, afirmou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin.

Alckmin também destacou a recente queda do dólar — de R$ 6,20 no início do ano para cerca de R$ 5,88 — como fator que alivia custos de insumos como fertilizantes e combustíveis, essenciais à produção.

Iniciativas paralelas para estabilizar preços

Outra frente de ação é o uso de estoques reguladores, ferramenta essencial para estabilizar preços em períodos de alta demanda ou baixa oferta. “Os estoques reguladores evitam oscilações bruscas, ajudando consumidores e produtores”, explicou Alckmin.

Além disso, a reforma tributária aparece como fator importante a médio prazo, desonerando a cesta básica, incluindo proteínas animais, e ampliando a acessibilidade aos alimentos.

Combate à perda de renda no consumo

O governo também analisa formas de reduzir o custo do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), buscando eliminar ou diminuir substancialmente as taxas aplicadas sobre vales-refeição e alimentação. “Garantir que mais dinheiro chegue ao trabalhador, sem perdas significativas, pode impactar 22 milhões de brasileiros, aumentando o poder de compra e aquecendo o mercado interno”, afirmou Rui Costa.

Transparência contra desinformação

A luta contra desinformações também tem sido um desafio. Após boatos relacionados a possíveis intervenções drásticas ou práticas inadequadas, como a venda de alimentos com validade vencida, ministros como Fernando Haddad reforçaram o compromisso com a transparência. “As medidas respeitam as dinâmicas de mercado, sem imposições abruptas”, esclareceu Haddad.

Resultados esperados com otimismo

Apesar dos desafios, o governo está confiante de que a combinação de medidas trará alívio aos preços dos alimentos. A safra recorde, o estímulo à produção local, a redução de tarifas de importação e os ajustes no PAT são parte de uma estratégia abrangente que prioriza a qualidade de vida da população.

Ao apostar no equilíbrio entre políticas econômicas e sociais, o Executivo busca garantir resultados duradouros, alimentando a esperança de dias melhores para os brasileiros em 2025.

Governo age rápido para conter ataques da oposição sobre preço dos alimentos

Após enfrentar repercussões negativas com as fake news sobre a taxação do Pix, o governo Lula respondeu rapidamente às acusações da oposição relacionadas à alta no preço dos alimentos. Segundo o colunista Tales Faria, as ações coordenadas entre comunicação, política econômica e políticas públicas impediram que as críticas ganhassem grande repercussão.

O IBGE apontou desaceleração na inflação prévia de janeiro (0,11%), embora a alta no preço dos alimentos tenha evitado uma deflação histórica. Em redes sociais, opositores acusaram o governo de intervenção nos preços e até de planejar a venda de alimentos com validade vencida para a população de baixa renda — alegações rapidamente desmentidas pelos ministros Rui Costa e Fernando Haddad.

Rui Costa explicou que as medidas buscam estimular a redução de preços de forma natural, sem intervenção direta ou subsídios. Haddad, por sua vez, negou qualquer estudo governamental sobre flexibilização no prazo de validade dos alimentos, destacando que essa era uma proposta de empresários e não do governo.

As ações coordenadas resultaram em menor alcance dos ataques da oposição, com publicações enganosas perdendo força rapidamente, ao contrário do que aconteceu com a polêmica anterior sobre o Pix. O governo acredita que esta estratégia proativa contribuiu para desmontar as investidas digitais dos opositores antes de causarem maior impacto.

Com informações da Agência Brasil, Globo, Estadão Conteúdo e UOL