IFZ | 14/03/2024
BRUXELAS (BE) | Em sua participação, hoje, na sessão da Comissão de Acompanhamento para a América Latina do Comitê Econômico e Social Europeu, o Diretor-Geral do Instituto Fome Zero, José Graziano da Silva, destacou a perspectiva brasileira sobre segurança alimentar e clima. Sua apresentação enfatizou os resultados de uma pesquisa recente realizada pelo IFZ, revelando conquistas notáveis no combate à fome e à insegurança alimentar no Brasil.
Recepcionado pelo Presidente da Comissão, Carlos Manuel Simões da Silva, José Graziano da Silva apresentou os resultados do recente estudo desenvolvido pelo IFZ que demonstra que, em apenas um ano, o Brasil conseguiu reduzir a fome em 8 milhões de pessoas, classificadas como sofrendo de insegurança alimentar grave. Além disso, houve uma redução de 20 milhões na insegurança alimentar moderada, que é definida como a incapacidade de fazer pelo menos uma das três refeições diárias.
Esses resultados impressionantes são atribuídos à retomada das políticas públicas de segurança alimentar e combate à fome implementadas durante o governo do Presidente Lula. Graziano da Silva identificou três pilares fundamentais que impulsionaram essas conquistas:
- Aumento do Salário Mínimo: O aumento do salário mínimo, acima da taxa de inflação, possibilitou maior poder de compra para os segmentos populacionais mais pobres. Isso garantiu que as famílias tivessem recursos adequados para adquirir alimentos básicos.
- Aumento das Pensões e Aposentadorias: O aumento dos benefícios de pensões e aposentadorias proporcionou uma rede de segurança financeira mais robusta para os idosos e suas famílias, reduzindo a vulnerabilidade à insegurança alimentar.
- Fortalecimento dos Programas de Transferência de Renda: Medidas como o aumento do valor dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, desempenharam um papel crucial. Isso garantiu que os recursos chegassem diretamente às famílias em situação de pobreza, ajudando-as a garantir uma nutrição adequada.
Graziano da Silva destacou a importância dessas políticas não apenas na mitigação da fome, mas também na promoção da justiça social e no desenvolvimento sustentável. Ele enfatizou a necessidade de continuidade e aprimoramento dessas iniciativas para garantir a segurança alimentar a longo prazo no Brasil e em outras regiões do mundo. A experiência brasileira oferece lições valiosas que podem orientar esforços globais para enfrentar desafios semelhantes.
Outros participantes da sessão do CESE incluiram o Embaixador do Brasil junto à União Europeia, Pedro Miguel da Costa e Silva, a integrante do Conselho Econômico Social e Sustentável do Governo brasileiro, Elisa Wandelli, e representantes regionais para a América da Latina do Serviço de Ação Exterior da União Europeia.