World Bank The State of Economic Inclusion Report 2024: Pathways to Scale

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Blog do IFZ | 21/11/2024

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O relatório The State of Economic Inclusion Report 2024: Pathways to Scale apresenta os avanços e desafios na ampliação de programas de inclusão econômica ao redor do mundo. Com foco na capacitação de populações pobres e vulneráveis, esses programas buscam aumentar rendas, construir resiliência contra choques e oferecer oportunidades econômicas sustentáveis. O relatório explora tanto iniciativas lideradas por governos quanto esforços colaborativos com organizações não governamentais (ONGs) e o setor privado.

Crescimento e Impacto

Entre 2021 e 2024, o número de programas de inclusão econômica quase dobrou, de 219 para 405, abrangendo 88 países. Isso representou um aumento de 50% na cobertura, beneficiando diretamente mais de 15 milhões de famílias e cerca de 70 milhões de pessoas indiretamente. Esse crescimento é sustentado por evidências robustas de impacto positivo, como melhoria na segurança alimentar, aumento de rendas, maior acumulação de ativos e empoderamento de mulheres. Programas liderados por governos demonstraram ser particularmente eficazes em termos de custo-benefício, com taxas de retorno que variam de 16% a 66%.

Diversidade Geográfica e de Design

Os programas estão amplamente distribuídos, com a maior parte implementada em países de baixa e média renda. A África Subsaariana abriga a maior proporção dessas iniciativas, mas há crescimento significativo em áreas urbanas, refletindo a expansão para contextos além dos rurais. O design dos programas é multidimensional, geralmente incluindo componentes como capacitação, coaching, capital para negócios, acesso a mercados e resiliência climática. Mais de 81% dos programas integram de cinco a nove componentes, adaptados a contextos locais e grupos específicos.

Estratégias de Escala

Os programas seguem duas abordagens principais para atingir escala:

  1. Foco em domicílios: Intervenções voltadas para indivíduos e famílias, promovendo ativos, renda e links de mercado.
  2. Foco em áreas/sistemas: Abordagens comunitárias ou setoriais que buscam melhorar a qualidade e disponibilidade de oportunidades econômicas em sistemas mais amplos.

A expansão não se limita à cobertura; também inclui:

  • Adoção de novas funções e serviços (29% dos programas).
  • Maior integração com estruturas governamentais (16%).
  • Aumento na capacidade organizacional e no uso de tecnologias digitais (45%).

Colaboração e Qualidade

A qualidade dos programas depende de colaboração entre diversos atores. Cerca de 91% das iniciativas governamentais contam com parcerias externas, incluindo ONGs e instituições multilaterais. Ferramentas digitais têm desempenhado um papel crescente, especialmente em monitoramento, registro de participantes e distribuição de benefícios financeiros. No entanto, lacunas em capacidades digitais e contextos locais ainda representam desafios.

Empoderamento Feminino e Enfrentamento de Crises

O empoderamento econômico de mulheres tem ganhado destaque, com 33% dos programas priorizando este objetivo. No entanto, há necessidade de maior sistematização na inclusão de gênero, abordando normas sociais, barreiras estruturais e oferecendo suporte como cuidado infantil. Além disso, 65% dos programas têm como público-alvo os jovens, uma resposta ao alto desemprego juvenil em muitas regiões.

Resiliência Climática e Sustentabilidade

Um dos desafios emergentes é alinhar os programas às ameaças das mudanças climáticas. Cerca de 66% das iniciativas agora incorporam componentes para construir resiliência climática, como práticas agrícolas inteligentes, seguros contra riscos climáticos e tecnologias verdes acessíveis. Apesar disso, muitas abordagens climáticas ainda são incipientes, e avaliações mais robustas são necessárias para medir impactos de longo prazo.

Financiamento Sustentável

Embora haja exemplos promissores de integração com políticas nacionais, muitos programas ainda dependem de doações externas. Colaborações com doadores, ONGs e iniciativas lideradas por governos são essenciais para garantir financiamento consistente e sustentável.

Conclusão

O relatório conclui que programas de inclusão econômica desempenham um papel fundamental na redução da pobreza e na construção de resiliência em populações vulneráveis. A ampliação de iniciativas requer inovação contínua, financiamento estável e colaboração entre setores públicos e privados para alcançar impactos duradouros.